São Paulo, sábado, 30 de novembro de 1996
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JOSÉ HENRIQUE MARIANTE

Enquanto o mundo discutia se Frank Williams vai ser condenado ou não pela morte de Ayrton Senna, no Brasil, a Folha publicava pesquisa mostrando o tricampeão como maior ídolo esportivo do país.
Baseado em estudo conduzido pelo Datafolha e pela agência Almap/BBDO, o caderno especial Emergentes, que saiu na última quarta-feira, mostrou como é o novo mercado de consumo brasileiro em tempos de economia estável.
Para a pergunta "Quem é um modelo de vida?", 17% do público A/B apontou Senna. Na classe C, foram 8%, e, na classe D, 6%. Pelé, o segundo mais indicado no setor, ganhou, respectivamente, 1%, 1% e 3%.
Senna bateu estrelas da TV, como Xuxa, Sílvio Santos, Jô Soares, Antônio Fagundes, Regina Duarte, Cláudia Raia. Perdeu para Roberto Carlos, mesmo assim, só entre o público da classe D.
A imagem de mocinho de Senna tem um fôlego impressionante não só no Brasil, mas também no exterior.
E acredito piamente que essa história de processo só é tocada na Itália porque a Justiça de lá, como a daqui, volta e meia encampa as chamadas causas nobres para encobrir os próprios problemas.
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E, se Senna continua vivo no imaginário coletivo, coisa parecida acontece com os dois outros grandes campeões.
Piquet mostra disposição em renovar a cartolagem do automobilismo, organizando duas provas de GT neste dezembro.
Sem falar na criação da tal Fórmula Proton -interessante miscigenação entre Ceará e Alemanha que merece mais espaço em uma próxima coluna.
Emerson, por sua vez, aguarda o momento certo de anunciar a aposentadoria.
Mas vem pagando um alto preço, sofrendo com o vampirismo da mídia, em luta pela primazia do comunicado que só deve acontecer no ano que vem.

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