São Paulo, domingo, 1 de dezembro de 1996
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Jogadores defendem mudanças

FÁBIO VICTOR
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da falta de organização e união, fato reconhecido por eles próprios, os jogadores de basquete se mostram favoráveis à profissionalização do esporte.
A série de obrigações que viria com a mudança -como o cumprimento integral dos contratos e declaração de imposto de renda- não desencoraja os atletas.
"Faríamos questão de pagar os impostos para ter benefícios e garantias que não temos hoje", diz o ala-pivô Paulão, que jogou o Paulista pelo Mirassol.
O armador André Rato, do Report-Eroles/Mogi, é outro que defende a idéia. "Seria mais vantajoso ter tudo regularizado. Só assim poderia haver reivindicações e cobranças de ambas as partes (jogadores e clubes)", afirma.
O ala Oscar, do Corinthians/Amway, tentou, em 1995, reunir jogadores para criar uma associação. A idéia não vingou.
Segundo o cestinha, os atletas "têm medo de aderir a algo que vai protestar". Ele acha que o receio dos companheiros é motivado pela falta de garantias contratuais. "Como o jogador não tem certeza de nada em relação ao futuro, cada um só pensa no seu."
Oscar já faz nova campanha. Quer formar um "Comitê de Atletas", reunindo esportistas de várias modalidades. Ao seu lado estão o judoca Aurélio Miguel, o velocista Róbson Caetano e o cavaleiro Luís Felipe de Azevedo.
A meta inicial é ter de volta a lei federal de incentivo ao esporte, extinta no governo Collor.
(FV)

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