São Paulo, domingo, 1 de dezembro de 1996
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O esporte cresceu junto com São Paulo

JOSÉ MEDALHA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Desde a década de 60, o Estado de São Paulo passou a liderar e a concentrar o maior contingente de pessoas ligadas ao basquete.
Por ser mais viável economicamente, oferecia melhores opções em praticamente todas as áreas de atividade profissional. Com o esporte esse conceito também não foi contrariado.
Pela sua pujança, o interior do Estado contribuiu muito.
Os Jogos Abertos do Interior e os Jogos Regionais, com seleções de cidades apoiadas pelas próprias prefeituras, sempre teve no basquete um esporte de grande interesse popular.
A modalidade geralmente era a escolhida para o encerramento de gala das competições. Esses eventos, por serem anuais, exigiam investimentos na construção de ginásios, formação de times, contratação de técnicos e atletas e dedicação de dirigentes.
A continuidade desse esforço ocorreu em muitas cidades, dando lugar a verdadeiros redutos do esporte: Piracicaba, Campinas, Franca, Sorocaba, Ribeirão Preto, Rio Claro e outros.
Ao longo do tempo, a Federação Paulista incorporou aos seus torneios metropolitanos essa força do interior e o basquete fortaleceu-se ainda mais.
Por outro lado, atletas de outras regiões do país iniciaram uma migração para São Paulo em busca de melhores oportunidades. Muitos deles encontraram apoio e condições de evoluir a ponto de alcançar a seleção. Exemplos? Marquinhos, Oscar, Pipoka e Rolando.
Um outro fator que contribuiu para essa hegemonia foi a maior quantidade de praticantes, não só em clubes, mas, principalmente em colégios -décadas atrás, ao contrário de hoje em dia, os campeonatos escolares aconteciam em maior escala.
Assim, o basquete paulista se isolou. E, hoje, tentam lhe imputar a culpa pelo esporte não crescer no resto do país. Erro.

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