São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996
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Inocentes se destacam

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Tendo a chuva forte como quinto integrante, a banda paulista Inocentes foi o único grupo nacional a entusiasmar a platéia paulistana. Sua boa apresentação foi o ponto positivo da participação brasileira, que teve como nota dissonante a ausência do grupo Little Quail & The Mad Birds.
Banda iniciante chegar atrasada para se apresentar em um festival internacional -como afirmou a produção do festival- não é fato muito corriqueiro.
Com quase duas décadas de estrada nas costas, Clemente, líder dos Inocentes, soube aproveitar a oportunidade.
Quando a banda tocou, debaixo de uma chuva forte, os primeiros acordes de "Pânico em SP" o público correu para a frente do palco.
"A única coisa democrática no Brasil é a chuva, que molha vocês e a gente também", afirmou Clemente.
A banda paulistana Os Ostras também conseguiu que a platéia reagisse. Mas não muito positivamente. O trio virou alvo de objetos atirados no palco.
Eles pagaram pelo erro de escolha de elenco. O festival foi vendido pelos organizadores como uma reunião de estilos alternativos, mas foi assimilado pelo público e pela mídia como um amontoado de bandas punks.
Escalados para a parte paulista do festival, os curitibanos Os Magnéticos abriram o festival e passaram quase em branco.
O som sujo e mal tocado do grupo foi ignorado pelas 3.000 pessoas que estavam na pista de atletismo do Ibirapuera durante os quase 20 minutos de show.
Eles foram os primeiros a enfrentar a microfonia, o som mal equalizado e a acústica ruim -tradições dos shows no local.
Mas, devido às características do evento, pouca gente pareceu se importar com esses detalhes.

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