São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996 |
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Líbano detona sua explosão turística
XICO SÁ
Nas mil e uma noites "calientes" da capital Beirute, o viajante toma um áraque (espécie de aguardente libanesa levemente perfumada com anis) e inicia uma rota de alumbramentos. Longe da obviedade de qualquer roteiro, o Líbano deixa de ser alvo apenas do chamado turismo étnico (parentes viajam à procura de parentes) e oferece um novo destino para a sua curiosidade. Mas o Líbano não é um lugar perigoso? Não faça essa pergunta a um libanês razoavelmente bem informado e que tenha algum senso de humor. Ele vai citar a violência do Brasil como parâmetro e falar até das balas perdidas nas ruas do Rio. Você pode ir ao contra-ataque, citar as ações do Hizbollah, esse misto de partido e religião que resiste armado nas vielas de Beirute e no interior do país. Marcado pelos conflitos internos, o Líbano viveu uma pesada guerra civil entre 1975 e 1990, e as suas fronteiras com Israel, ao sul, sempre inspiraram cuidados por conta das tradicionais questões religiosas do Oriente Médio. Por conta disso tudo, o Líbano grudou no imaginário de qualquer ocidental como campo minado e proibido até para o mais corajoso dos aventureiros de viagem. Em ritmo corrido de reconstrução das suas ruínas de guerra, os libaneses tentam jogar na lata do lixo da história o videoteipe dos seus horrores mais recentes. Não se pode ser ingênuo, a ponto de achar que a paz mudou-se definitivamente para Beirute, mas uma visita ao Líbano, nas atuais condições, não representa o perigo que se pode imaginar ao longe. Com uma boa rede de hotéis e infra-estrutura para receber visitantes estrangeiros, esse pequeno país, de apenas 10.450 km2, oferece um vasto índice de passeios e curiosidades. LEIA MAIS sobre o Líbano nas págs. 6-2 a 6-11 Próximo Texto: Trípoli abriga shopping center sob o Sol Índice |
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