São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996
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Nova geração quer proximidade

ISABELLE SOMMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Há mais descendentes de libaneses no Brasil do que libaneses naquele país. E, apesar da distância que separa as duas comunidades, as gerações mais novas estão procurando maior aproximação com a cultura de seus antepassados.
O estudante de medicina Ahmad Abou Adile, 24, apresenta um programa de rádio de música árabe. Filho de libaneses do vale do Beqaa, Adile começou com um programa de uma hora, pago de seu bolso. Hoje, com cinco horas de programa, Adile afirma receber 400 ligações por domingo.
A estudante de história Gabriela França, 21, desde cedo se interessou pelas cartas recebidas pelo avô, nascido em Beirute. "Sou descendente de vários povos, mas me identifico mais com o libanês", diz ela, que há dois anos estuda árabe na USP.
Hania Soheil Houssami veio para o Brasil com três anos e nunca mais voltou para Beirute, onde nasceu. "Estou muito ligada à cultura árabe, mas continuo brasileira", diz ela. Hoje, aos 21, a estudante de biblioteconomia procura manter contato com seus patrícios frequentando uma mesquita.
A irmã de Hania, Mona, também está totalmente integrada, mas divulga as tradições libanesas fazendo parte da União dos Estudantes Muçulmanos do Brasil e de projeto sobre relações de etnias da Faculdade de Educação da USP.
(IS)

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