São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996
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Invasores deixaram suas marcas

XICO SÁ
DO ENVIADO ESPECIAL AO LÍBANO

Terra cobiçada por toda a sorte de invasores, o Líbano guarda nas suas ruínas e cidades não somente a marca dos fenícios, mas também os traços deixados por hebreus, armênios, assírios, egípcios, turcos, curdos, romanos, entre outros destemidos conquistadores.
Na capital Beirute, a herança fenícia se junta ao estilo dos romanos, presentes na área no século 15 a.C. Na sequência, a cidade viveu também sob o comando de bizantinos, otomanos e árabes.
Na vizinha Biblos (30 km ao norte de Beirute), o visitante percorre sítios e fortalezas que o levam em um túnel do tempo para a dominação faraônica (terceiro e segundo milênios a.C.) e ainda apresenta as marcas dos estilos grego e romano.
Colada ao Mediterrâneo, a arqueologia de Biblos guarda uma série de sarcófagos, como o do rei Ahiram, e registro de inscrições fenícias, apontadas como o primeiro passo para o alfabeto atual.
Em Sidón (41 km ao sul de Beirute), encontra-se a herança dos persas e a marca de um reinado do século 6º a.C.
Ainda ao sul de Beirute, a cidade de Tiro (83 km da capital do país) exibe o resultado de escavações contemporâneas, com peças da época das Cruzadas, árabes, bizantinas e greco-romanas.
Tiro viveu a sua grande era por volta do século 10º a.C., sob o comando do rei Hiram, que passou à história como o homem que ajudou o rei Salomão a construir o templo de Jerusalém.
Uma curiosidade para os visitantes: perto de Tiro, em Canaã, segundo a Bíblia, Jesus Cristo teria convertido água em vinho.

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