São Paulo, terça-feira, 3 de dezembro de 1996 |
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Presos destroem celas de delegacia em SP
MARCELO OLIVEIRA
A cadeia estava com superlotação desde o último dia 16, quando os ocupantes das celas 4 e 5 tentaram fugir por um túnel, que acabou inundado por esgoto. As duas celas foram fechadas, e os presos, distribuídos nas restantes. A tensão aumentou na sexta-feira, com o anúncio de que 40 presos seriam transferidos. A notícia foi seguida de uma nova tentativa de fuga, frustrada anteontem. Ontem de manhã, os presos quebraram as grades das celas e atearam fogo em colchões e roupas. Depois tentaram derrubar as paredes com as grades arrancadas. PMs da 1ª Companhia do 5º Batalhão, vizinha do DP, cercaram o prédio e efetuaram disparos para o alto. A rebelião acabou, e os presos pediram para negociar novas transferências. Fezes Os presos exibiram pratos cheios de fezes, afirmando que estavam utilizando-os como sanitários por causa da superlotação. Os amotinados pediram a presença de um representante dos parentes e de câmeras de TV, pois temiam sofrer agressões no caminho entre o pátio da cadeia e a sala onde ocorreria a negociação. Porém o juiz corregedor interino, Nelson Biasi Jr., que conversou com comissão de cinco detentos, não anunciou novas vagas. Apenas a transferência dos 40 presos foi mantida. Até as 20h30, 30 já haviam sido transferidos -15 deles foram para Sorocaba, e outros 15, para a Casa de Detenção. Os dez restantes iriam, ainda ontem, para cadeias de São Vicente e Itapetininga. Os 68 presos que não conseguiram transferência ficariam no pátio, vigiados por policiais civis e militares, já que as celas foram inutilizadas. Texto Anterior: Faap e Belas Artes divulgam gabaritos Próximo Texto: Preso suspeito de assaltar bar Bodega Índice |
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