São Paulo, terça-feira, 3 de dezembro de 1996
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União Européia aprova plano da Espanha para pressionar Cuba

Projeto condiciona relações com a ilha a direitos humanos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A União Européia aprovou ontem uma proposta espanhola que prevê que o estreitamento de relações com Cuba seja condicionado ao respeito aos direitos humanos e à democratização da ilha.
"O objetivo da UE é fomentar um processo de transição democrática pluralista e de respeito aos direitos humanos e às liberdades individuais", diz o texto aprovado em Bruxelas por embaixadores dos 15 países da UE.
A iniciativa espanhola gerou uma crise diplomática entre Madri e Havana. Semana passada, Cuba retirou a autorização para a entrada do novo embaixador espanhol.
Coderch disse à imprensa espanhola estar disposto a receber líderes da oposição cubana.
A UE continuará a enviar ajuda a Cuba, fundamentalmente de caráter humanitário. Para distribuição terão prioridade organizações não-governamentais, entidades internacionais e igrejas.
Segundo a posição comum adotada adotada pela UE, à medida que as autoridades cubanas realizarem progressos em direção à democracia, a entidade fará "uso dos meios a sua disposição" para acompanhar esse processo.
Um dos trunfos da UE é a inexistência de um acordo de cooperação econômica com Cuba. Em maio, os contatos neste sentido foram suspensos por causa da prisão de dirigentes da oposição.
Em entrevista exibida anteontem pela TV cubana, o presidente de Cuba, Fidel Castro, descartou qualquer possibilidade de abertura democrática em Cuba.
Ele considera que a abertura foi feita em 1959, com a derrubada do presidente Fulgêncio Batista pela revolução liderada por ele.

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