São Paulo, quarta-feira, 4 de dezembro de 1996 |
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Autor da emenda espalha cartazes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O autor da emenda da reeleição, deputado Mendonça Filho (PFL-PE), começou ontem a espalhar pelo Congresso 2.000 cartazes pedindo a aprovação da proposta. Ele sugeriu que o governo "chaleire" (bajule) os deputados que estão indecisos."Em muitos casos, vai bastar uma palavra do presidente. O principal é chaleirar o pessoal que se sente escanteado", afirmou. Para Mendonça Filho, o governo não precisará "necessariamente" recorrer a verbas e a cargos públicos para conquistar votos no contingente de 90 deputados sobre o qual os aliados da reeleição decidiram investir até janeiro -data provável da votação da emenda. "Não que eu queira ser puritano, mas eu acho que o grande trabalho é de relações públicas", afirmou o deputado. Quase dois anos depois de apresentar a emenda, Mendonça Filho aposta que a proposta será aprovada com cerca de 325 votos na Câmara. Para chegar lá, segundo a contabilidade da cúpula política do governo, ainda faltam 50 votos. Esses votos serão buscados entre 90 deputados que se dizem indecisos ou favoráveis à reeleição apenas para os sucessores de FHC. A maioria deles está no PPB. Panfletagem Para tentar "criar um clima favorável", como ele próprio definiu, o pefelista passou o dia colando seus cartazes no Congresso. A idéia é identificar, nas portas dos gabinetes, os deputados dispostos a aprovar a emenda constitucional que autoriza a reeleição de presidente, governadores e prefeitos. São necessários os votos de 308 dos 513 deputados. FHC também receberá um exemplar do cartaz com os seguintes dizeres: "O Brasil das Conquistas Não Pode Parar - Reeleição Já". A foto do cartaz, produzida numa feira de Recife, mostra uma mulher comprando legumes com uma nota de R$ 1. A poucos metros de seu gabinete, Mendonça Filho pediu para colar o cartaz na porta de Max Rosenmann (PMDB-PR), até ontem listado como indeciso. "Panfleteiro", recepcionou Rosenmann, prometendo o voto à emenda. Texto Anterior: FHC reúne deputados para pedir votos para reeleição Próximo Texto: ITR: uma questão fundamentalmente moral e religiosa Índice |
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