São Paulo, quinta-feira, 5 de dezembro de 1996
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Vereadores querem espaço no governo

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma comitiva de vereadores do PPB vai se dirigir hoje, às 11h, ao Palácio das Indústrias -sede da prefeitura- em busca de espaços políticos na nova administração.
Os principais objetivos são conseguir cargos no governo e reverter o processo de esvaziamento das administrações regionais, desencadeado pelo prefeito Paulo Maluf e pelo secretário das Vias Públicas, Reynaldo de Barros.
Alguns vereadores dizem que a votação da proposta orçamentária de 1997 e o encaminhamento de projetos importantes poderão ser utilizados como "argumentos".
A bancada do PPB, que hoje é formada por 20 vereadores (na gestão Pitta terá 19), pretende conseguir duas secretarias no próximo governo. Isso permitiria a posse de dois vereadores suplentes.
A preferência é pelas pastas que permitem um contato direto com o eleitor, como Família e Bem-Estar Social, Esporte e Serviços e Obras (que administra o serviço funerário), por exemplo.
Regionais
Os vereadores querem também manter o poder das administrações regionais. Gradativamente, a prefeitura está diminuindo as áreas de atuação das regionais por considerar que houve "abusos" nos últimos anos.
A função de tapar buracos de rua foi transferida para a Secretaria das Vias Públicas. A fiscalização da empresas que fazem a varrição deve passar para a Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana).
A prefeitura quer também passar a fiscalização de obras públicas (muros, creches etc.) para a Secretaria de Serviços e Obras e a verificação das posturas municipais (relações do cidadão com as normas públicas -como uso e reforma de imóveis, conservação de calçadas) para a Secretaria da Habitação.
Dessa maneira, a prefeitura entende que estaria esvaziando a possibilidade de corrupção na fiscalização. As regionais ficariam com os pequenos serviços, como poda de árvore, conservação de praça e colocação de lombada.
A cúpula paulista do PFL também deve se reunir hoje com o prefeito eleito para definir a participação do partido no governo.
Antes da eleição, um acordo definiu que o PFL teria quatro pastas. Deverá ficar com apenas duas.

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