São Paulo, sexta-feira, 6 de dezembro de 1996
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Medida altera correlação de forças no conselho do Sebrae

Grandes confederações do país perdem poder político

FERNANDO GODINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O texto final da MP (medida provisória) que trata do novo regime tributário das micro e pequenas empresas alterou a composição do Conselho Deliberativo do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
A nova composição enfraquece a posição das grandes confederações do país (indústria, comércio e agricultura), que na semana passada conseguiram eleger para a presidência do conselho o empresário Pio Guerra Júnior.
A eleição no Sebrae envolveu articulações no Palácio do Planalto, que mais uma vez está sendo procurado pelos grupos políticos que disputam o controle da entidade -responsável por um orçamento de R$ 1,1 bilhão neste ano.
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), senador Fernando Bezerra (PMDB-RN), se reuniu com o ministro Clóvis Carvalho (Casa Civil) e criticou o artigo que alterou o conselho do Sebrae. "Se o palácio vetar, eu acho ótimo", disse Bezerra.
O deputado Augusto Nardes (PPB-RS), coordenador da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, também se reuniu com Carvalho. Mas seu pedido era exatamente o contrário.
A sanção do presidente Fernando Henrique Cardoso à MP era aguardada para a noite de ontem.
Quatro confederações ligadas ao Movimento Nacional da Micro e da Pequena Empresa são os novos conselheiros do Sebrae.
Eles representam os microempresários da agricultura, do comércio e da indústria -além da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas. Antes, o conselho do Sebrae era formado por 13 representantes de entidades privadas e governamentais.

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