São Paulo, sexta-feira, 6 de dezembro de 1996 |
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Betinho faz crônicas em 'A Lista de Aílce' Cia. das Letras vai lançar livro LUIZ ANTÔNIO RYFF
"A Lista de Aílce" foi escrito em 20 dias pelo sociólogo e será lançado no dia 17 de dezembro pela Companhia das Letras, que recebeu os originais na segunda-feira. "Sempre que tinha um tempinho livre eu corria para o computador para escrever", conta Betinho, que define "A Lista de Aílce" como um livro de crônicas. No livro, ele fala sobre as pessoas com que conviveu na infância em sua cidade natal, Bocaiuva (nordeste de Minas Gerais), e que já morreram. "Há muito tempo eu não vou a minha terra. E sempre me perguntava quem estava vivo e quem estava morto", diz Betinho. "A última vez em que estive lá foi pouco depois de voltar do exílio, em 1982", diz ele. O sociólogo escreveu uma carta para sua prima, a Aílce do título, que também nasceu em Bocaiuva e hoje mora em Montes Claros, em Minas Gerais. Ele pediu que a prima escrevesse contando o que havia acontecido com seus conhecidos de infância. Betinho começa seu livro justamente falando sobre as pessoas que morreram. A idéia do título, segundo a editora, é uma referência ao filme "A Lista de Schindler", de Steven Spielberg. O livro chegou à editora com 27 laudas datilografadas. Depois de impressa, "A Lista de Aílce" deve chegar ao público com cerca de 50 páginas. Betinho compara sua experiência no gênero de crônicas com os outros livros que publicou, como suas três obras destinadas ao público infantil. "Esse é o filho mais novo e querido", afirma Betinho, que publica, no dia 11, "As Revoluções da Minha Geração", um depoimento para a editora Moderna. Texto Anterior: Ira Gershwin ganha concerto em NY Próximo Texto: Cozinha italiana ganha endereços de peso Índice |
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