São Paulo, sábado, 7 de dezembro de 1996 |
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Bahia faz censo para apurar falta de vagas
DA AGÊNCIA FOLHA O secretário da Educação da Bahia, Edilson Freire, 51, disse ontem que o governo estadual está realizando uma pesquisa nos 415 municípios do Estado para detectar onde faltam vagas.Pesquisa feita pelo MEC (Ministério da Educação) e Banco Mundial revelou que a Bahia registra um déficit de 6.616 salas de aula. Segundo o governo estadual, existem no Estado cerca de 4,3 mil escolas, com cerca de 2 milhões de alunos. Freire disse que a simples construção e ampliação das unidades não são suficientes para resolver o problema e que uma ação contra a evasão será fundamental. "Se os alunos demorarem menos tempo para terminar o curso, certamente novas vagas serão oferecidas." A Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Norte estima que haja até 9.000 crianças fora da rede básica de ensino de Natal, que tem 476 mil estudantes. A secretaria vai cruzar até janeiro os dados do censo do IBGE e do projeto de cadastramento que será feito a partir de 15 de dezembro. Falta de vagas em determinados bairros, falta de salas e evasão escolar estão entre as causas do problema, segundo a secretária Maria do Rosário da Silva Cabral. Em Natal, os bairros com maior falta de vagas são os da região norte e oeste, bairros populosos considerados "regiões críticas". O número de crianças fora da escola no Paraná caiu 75% nos últimos dois anos, segundo dados da Fundação Educacional do Paraná. Em 93, 179.011 crianças não eram atendidas pela rede escolar de ensino. No ano passado, o número caiu para 47.898 -contra 1.464.198 crianças matriculadas. O diretor técnico da Fundepar, Antonio Celso Pinto Martins, disse que o não-atendimento às crianças é maior nos arredores de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. "Sobram salas de aula, mas a população se movimenta para os grandes centros, onde não há vagas", disse Martins. Para solucionar o problema, a Fundepar faz o acompanhamento junto às prefeituras e núcleos regionais da Secretaria da Educação. Quando isso ocorre, segundo Martins, são construídas salas de "emergência", principalmente nos chamados bolsões de miséria. "São salas pré-fabricadas e até mesmo de madeira." Texto Anterior: Relógios de fraudadores de vestibular eram ilegais Próximo Texto: MEC autoriza funcionamento de 23 novos cursos superiores Índice |
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