São Paulo, sábado, 7 de dezembro de 1996
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Portuguesa cobiça 1,9% do Mineirão

ALEXANDRE GIMENEZ e JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO

ALEXANDRE GIMENEZ; JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Clube freta 30 ônibus e 2 aviões para a torcida se fazer notar no estádio; ambiente vai da euforia à apreensão

A Portuguesa prepara uma caravana para ocupar 1,9% do estádio do Mineirão amanhã, contra o Atlético-MG.
O clube paulista pediu 1.640 ingressos para seus torcedores apoiarem o time na semifinal do Brasileiro. Foram colocados à venda 87.707 ingressos.
"Não podemos fazer feio. Se não der para os jogadores escutarem nossos gritos, pelo menos vão ver nossas bandeiras", disse Gérson Cordeiro, da Leões da Fabulosa, a maior organizada da Portuguesa.
"Não será uma invasão como a do Corinthians, em 76, mas será divertido", comentou, referindo-se à semifinal do Brasileiro daquele ano, quando torcedores corintianos dividiram o Maracanã com os do Fluminense.
A caravana
Com a ajuda do patrocinador Armarinhos Fernando e de um grupo de empresários, a diretoria colocará à disposição da torcida 30 ônibus, que partem, a partir das 23h, para Belo Horizonte.
O torcedor que comparecer ao Canindé viaja de graça, mas tem que pagar R$ 10,00 pelo ingresso.
Além dos ônibus, partirão dois aviões fretados do aeroporto de Congonhas às 10h de amanhã.
Os torcedores da Portuguesa ficarão no setor de numeradas, mesmo local que ocuparam no jogo contra o Cruzeiro, sábado.
"É importante para a gente receber algum calor humano", afirmou o volante Gallo, que recebeu um presente da torcida do Santos, seu ex-clube.
A Torcida Jovem, a maior uniformizada do Santos, colocou ontem uma faixa no Canindé incentivando o jogador.
A apreensão
A vitória por um gol de diferença contra o Atlético, anteontem, no Morumbi, alterou o clima entre os jogadores da Portuguesa.
A euforia que dominava o ambiente deu lugar à apreensão.
Na semana passada, contra o Cruzeiro, o time podia perder por dois gols de diferença. Agora, atua pelo empate.
"O Candinho conversou conosco e disse que temos que ter força. Vai ser difícil, mas temos condições de empatar", disse o meia-atacante Rodrigo.
"Eles estão comemorando, saíram como se estivessem na final, mas a coisa não é bem assim."
A arbitragem
Candinho espera que Wilson de Souza Mendonça (PE), juiz do jogo de amanhã, tenha atuação mais firme do que a de Sidrack Marinho (SE), que apitou Portuguesa e Atlético no Morumbi.
"Fomos prejudicados no primeiro jogo", disse o treinador. "O Atlético é um time que gosta de bater. Se o Sidrack tivesse apitado corretamente, eles acabavam o jogo com oito ou nove em campo."
"Nós, no Mineirão, não vamos nos intimidar. Espero que o juiz também não."

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