São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996
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Crise esvazia casa de fazenda

DA FOLHA RIBEIRÃO

Segundo o estatístico Domingos José Chanoski, as casas das fazendas estão vazias em todo o Estado, principalmente nas áreas de cana.
O esvaziamento era esperado pela professora Maria Imaculada Fonseca, 34, do Departamento de Sociologia e Extensão rural da Universidade Estadual Paulista de Jaboticabal (345 km de São Paulo).
Ela tem trabalhos junto a produtores de leite para agregar tecnologia e fixar o homem ao campo.
Segundo a professora, além da cana, que só emprega o trabalhador que mora nas periferias das cidades, há uma queda na oferta de trabalho em outras culturas.
"O trabalhador deixa o campo não mais por estar atraído pela cidade. É por falta de emprego", diz.
Ela diz que, embora o PIB (soma das riquezas produzidas) da região chegue a R$ 2 bilhões por ano, o morador vive à beira da miséria.
Quem mora no sítio e trabalha com a agropecuária concorda com o IBGE. "A gente anda pelas fazendas e só vê casa vazia", diz Alberico Ricardo da Silva, 64, administrador da fazenda Amapá, na região de Ribeirão.

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