São Paulo, segunda-feira, 9 de dezembro de 1996 |
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Capitão vira 'chorão'
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
"É o melhor momento da minha vida", disse. Um dos destaques da Portuguesa, o volante já pensa na decisão contra o Grêmio. (JCA) * Folha - O Mineirão virou a casa da Portuguesa? Capitão - Para mim virou. Passei aqui os melhores momentos da minha carreira, quando nos classificamos contra o Cruzeiro, e agora. Não dá para conter o choro. Folha - Quando o Atlético fez 1 a 0, o que você pensou? Capitão - Olha, em nenhum momento cheguei a pensar que íamos perder. Continuamos com a cabeça no lugar, tentando criar jogadas... E deu certo. Folha - Qual foi o segredo da vitória? Capitão - Os jogadores do Atlético nos desrespeitaram, davam a vitória como certa, só falavam no Grêmio. As declarações deles nos deram força, brio. Somos um time de fibra. Antes do jogo, falamos sobre isso, que não iríamos tremer. Achei um privilégio ganhar a vaga diante de 90 mil pessoas. Folha - O Grêmio é o último obstáculo para um título em que ninguém acreditava... Capitão - O Grêmio tem a vantagem dos empates, é um timaço, joga a segunda em casa, mas não é favorito. Temos 50% de chances. Afinal não afinamos. Vamos continuar jogando da mesma forma, com muita marcação e explorando os espaços em velocidade. Folha - E a história do seu busto no Canindé? Capitão - É que sou muito bonitinho. Mas não sou só eu que mereço busto. O Candinho, o Rodrigo, o Alex Alves, o Gallo, o Émerson. Mas entre busto e título, fico com o título. Folha - Você já pensou no que significa a Portuguesa na final? E nas mudanças que isso pode causar na vida de vocês? Capitão - Ainda está cedo demais, não dá para pensar. E antes temos o Grêmio. Mas é só passar por ele que vem a Libertadores, né? Parece um sonho. Texto Anterior: Atlético-MG; Portuguesa Próximo Texto: Jogadores comemoram dançando o vira Índice |
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