São Paulo, segunda-feira, 9 de dezembro de 1996 |
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'Os 12 Macacos' mostra futuro sombrio
MARIANE MORISAWA
Mais de dez anos depois, a União Soviética não existe, e uma guerra do tipo parece distante. O terrorismo é o mal a ser combatido. Tanto as bombas da ex-União Soviética, hoje ao alcance de qualquer grupelho, como as armas químicas e bacteriológicas são a grande ameaça. No filme de Gilliam, 99% da população terrestre foi aniquilada por um vírus espalhado por um grupo terrorista, no ano de 1996. James Cole (Bruce Willis) é um dos sobreviventes e vive em um mundo subterrâneo, em 2035. É mandado ao passado para descobrir quem espalhou o vírus. Em 1994 -Cole chega dois anos antes dos acontecimentos-, ele é considerado louco e internado num hospício, onde conhece Jeffrey Goines (Brad Pitt), filho de um cientista. Apenas uma psiquiatra (Madeleine Stowe) lhe dá algum crédito e tenta ajudá-lo. E então se estabelece a dúvida: ele é realmente louco, tendo inventado todas as viagens no tempo e os vírus, ou os outros, que não vêem o que está para acontecer, é que são? "Os 12 Macacos" é corajoso por ser uma produção de Hollywood que demanda inteligência e paciência do público, acostumado a ser mero espectador. Exige que se pense e acompanhe o roteiro complicado, com idas e vindas, o cenário claustrofóbico e a feiúra de Willis e Pitt, nos melhores papéis de suas carreiras. O futuro de "Os 12 Macacos" é amedrontador. E, ao contrário de "O Dia Seguinte", não precisa se valer de explosões gigantescas. A ameaça é subterrânea e invisível. Filme: Os 12 Macacos Produção: EUA, 1996 Direção: Terry Gilliam Com: Bruce Willis e Brad Pitt Lançamento: CIC (011/816-0852) Texto Anterior: Os mais retirados da semana Próximo Texto: O Galante Mr. Deeds Índice |
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