São Paulo, segunda-feira, 9 de dezembro de 1996
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Monarquia sueca tem sangue brasileiro

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

O rei Carlos Gustavo tinha 30 anos quando, em 1976, casou com a teuto-brasileira Sílvia Renate de Toledo Sommerlath, que se transformou na 25ª rainha da Suécia.
Carlos 16 Gustavo já usava sua coroa havia três anos. Tinha servido na Marinha, estudado história e finanças.
Mas era figura fácil das revistas européias que publicam mexericos, onde aparecia frequentemente pilotando carros de corrida e romances muito rápidos.
O conto de fadas que transformou uma filha de pai alemão e mãe brasileira em rainha começou em 1972, quando Sílvia Sommerlath era intérprete na Olimpíada de Munique, na Alemanha.
Filho único do príncipe Gustavo Adolfo, descendente do marechal Bernadotte, e da princesa Sibylla da Saxônia-Coburgo e Gotha, de uma das casas coroadas mais tradicionais de toda a Europa, Carlos Gustavo havia herdado o trono de seu avô, Gustavo 6º Adolfo.
Depois de quatro anos de namoro, o casamento real aconteceu em Estocolmo, numa cerimônia que não dispensou a pompa nem o passeio de carruagem.
Passados 20 anos, o casal tem três filhos. A princesa Vitória, nascida em 1977, é a virtual herdeira do trono desde 1980, quando uma lei substituiu outra de 1810, determinando que a coroa cabe ao filho mais velho, independentemente do sexo.
O monarca do Nobel
Monarca ativo, o rei Carlos Gustavo é uma das estrelas na premiação do Nobel, que ocorre todos os anos no dia 10 de dezembro.
Isso porque o químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel, que instituiu o prêmio, morreu nesse dia em San Remo, na Itália. Amanhã será o centenário de sua morte.
Além de cientista importante, o inventor da dinamite (leia texto nesta página) foi um idealista preocupado com a paz e a cultura.
Carlos Gustavo, que tem hoje 50 anos, tem sabido aproveitar a mística cerimônia de premiação para consolidar sua imagem de monarca moderno.
Enquanto a realeza de outros países europeus tem frequentado de modo explosivo as páginas das revistas de fofocas, a Suécia tem sabido preservar com charme discreto a sua monarquia.

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