São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Baesa anuncia prejuízo total de US$ 452,4 mi na AL em 1996

Engarrafadora perdeu US$ 48,1 mi no trimestre só no Brasil

CLÁUDIA PIRES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Baesa, engarrafadora da Pepsi na América Latina, divulgou ontem um prejuízo de US$ 452,4 milhões durante o ano fiscal de 1996, que terminou em 30 de setembro. No ano fiscal de 1995, a empresa teve lucro de US$ 44,8 milhões.
No último trimestre deste ano fiscal -julho, agosto e setembro-, o prejuízo foi de US$ 151,6 milhões. No Brasil, os prejuízos chegaram a US$ 48,1 milhões no trimestre.
Segundo Max Gehringer, presidente da empresa no Brasil, a distribuição foi um dos principais problemas enfrentados. "Tivemos que rever todo o sistema, principalmente em São Paulo. Também reduzimos gastos e cortamos funcionários."
Segundo a direção da empresa na Argentina, os prejuízos já estavam previstos nos planos de reestruturação da Baesa para o ano de 96. A empresa admite, no entanto, que o cifra é muito alta.
Ainda segundo a diretoria da Baesa, dentro desse plano de reestruturação estariam medidas para corte de custos, como redução da capacidade instalada e novas estratégias de preços.
A reestruturação também incluiu renegociação das dívidas da companhia, que chegam a US$ 800 milhões. No dia 18 de outubro, a empresa anunciou acordo com seus credores. A dívida será renegociada a partir de março de 97.
A Baesa afirma já estar em recuperação de resultados. Em 96, a empresa chegou a ter prejuízo de US$ 1 milhão por dia em seu fluxo de caixa, resultado que, segundo a diretoria, já estaria equilibrado.
A Baesa atua no Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Costa Rica.

Texto Anterior: Baesa anuncia prejuízo total de US$ 452,4 mi na AL em 1996
Próximo Texto: Metalúrgicos do ABC iniciam congresso
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.