São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 1996![]() |
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Encalhe é recorde em revendas Estoque deve chegar a 100 mil ARTHUR PEREIRA FILHO
"As revendas nunca viraram o ano com estoque tão alto", diz Paulo Simões, presidente da Assobrav (rede Volkswagen). Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, diz que o encalhe também começa a crescer nas fábricas. Até o final de outubro, conta, as montadoras mantinham apenas um "estoque regulador", equivalente a dois dias de produção. "Hoje existem cerca de 20 mil unidades estocadas a mais." No limite Se depender dos revendedores Volks, o estoque das montadoras vai aumentar. "Estamos no limite. Este mês os carros vão ficar com as fábricas", diz Simões. "As montadoras vão ter de tirar o pé do acelerador e produzir menos." Os revendedores Volkswagen terminaram novembro com 40 mil carros em estoque. Reze diz que o ideal é ter estoque para dez dias de venda. Mas no final de novembro, havia o suficiente para 18 dias (96.817 unidades). Liquidação Todas as redes continuam fazendo promoções para tentar diminuir o estoque. A Volks dá mil litros de combustível, seis lavagens completas e uma troca de óleo para quem comprar um carro. Apesar disso, as vendas estão 20% menores do que em novembro, diz Simões. A Ford vende carros com zero de entrada e até 50 meses para pagar. Todas as marcas operam com descontos que vão de 3% a 15%. As promoções devem aumentar em janeiro. A rede Chevrolet planeja uma liquidação para se livrar dos modelos 96/97, antes que cheguem às lojas os carros produzidos em 97. A maior dificuldade é passar para a frente os modelos Kadett e Omega, apesar dos grandes descontos. No caso da GM, os carros fabricados em 97 devem chegar às revendas no final de janeiro, após o final das férias coletivas, que terminam dia 15 de janeiro. Em queda No mês passado, a venda de automóveis e comerciais leves no varejo (da concessionária para o consumidor) atingiu 154.006 unidades, 3% menos do que em outubro. Em relação a novembro de 95, a alta foi de 8,68%. No acumulado do ano houve crescimento de 2,78%. Reze prevê terminar 96 em "situação de equilíbrio", com 1% de aumento em relação a 95. "O setor passou 96 como se estivesse no meio de um vendaval", diz. Para 97, a Fenabrave faz previsão "conservadora": o mercado vai crescer entre 3% e 4%. Texto Anterior: Indústria tem crescimento de 9% no ano Próximo Texto: Audi e VW instalam fábrica no PR Índice |
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