São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 1996 |
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Oiticica e Clark se correspondiam
CELSO FIORAVANTE
Esse é apenas um trecho das 40 cartas organizadas por Luciano Figueiredo, diretor do Centro de Artes Hélio Oiticica (que cuida do acervo do artista), para o volume "Lygia Clark, Hélio Oiticica - Cartas (1964-1974)", que chega às livrarias no início da próxima semana pela Editora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Lygia Clark (1920-1988) e Hélio Oiticica (1937-1980) sempre estiveram juntos. Já no início da carreira artística, dividiam o mesmo professor, Ivan Serpa, e os conceitos do movimento neoconcreto: bem-vindo o rigor do racionalismo construtivo, mas que dê espaço à intuição e à improvisação. Mais tarde, os dois vão perceber que mesmo a pintura com jogo de cintura não os interessa mais. A arte vai ter que se virar, se desdobrar, para estabelecer uma relação mais direta, imediata, corpórea e visceral com o espectador. Oiticica e Lygia estarão juntos novamente, em junho do ano que vem, na Documenta de Kassel (na Alemanha). Foram selecionados pela curadora Catherine David para o núcleo histórico do mais importante evento de arte contemporânea do mundo. LEIA MAIS sobre Hélio Oiticica e Lygia Clark na página 4-14 Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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