São Paulo, quinta-feira, 12 de dezembro de 1996 |
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Vereadores 'engessam' orçamento de Pitta
RICARDO FELTRIN
O substitutivo não dá verbas para o fura-fila, reduz em R$ 3 milhões o dinheiro destinado à propaganda oficial em 97, elimina R$ 340 milhões dos R$ 840 milhões previstos no projeto original do Executivo para o PAS e, principalmente, veta qualquer percentagem de remanejamento de verbas do Orçamento pelo prefeito eleito. O remanejamento hoje é de 15% -ou seja, o prefeito pode movimentar até 15% do Orçamento, tirando verba de uma secretaria e repassando-a para outra. Em 15 dias, essa foi a segunda retaliação da bancada malufista ao prefeito Paulo Maluf e ao seu sucessor, Celso Pitta (PPB). Anteontem, eles aprovaram a instauração de uma CPI nas obras do Complexo Viário Ayrton Senna -sob suspeita de superfaturamento. A crise entre Maluf e a bancada foi iniciada na semana passada e agravou-se nesta, quando Pitta anunciou que indicaria pessoalmente os administradores regionais em sua gestão. As regionais são, historicamente, um "feudo" dos vereadores governistas (leia texto nesta página). A segunda e última votação do substitutivo deve acontecer apenas na próxima terça ou quarta-feira. Se os vereadores confirmarem a aprovação do substitutivo, Pitta assumirá o cargo com o Orçamento do ano "engessado". O substitutivo foi aprovado ontem por 36 votos a 8. A oposição votou com os malufistas contrariados. Do PPB, apenas Bruno Feder, Brasil Vita e Miguel Colasuonno votaram contra. Os malufistas Jooji Hato (PMDB), José Viviani Ferraz, Mohamad Mourad e Toninho Paiva (todos do PL) também votaram contra o substitutivo. O prefeito Paulo Maluf não quis comentar a decisão da Câmara. Apesar disso, acionou o seu secretário de Governo, Edevaldo Alves da Silva, para que chamasse os vereadores para uma reunião de emergência. O objetivo da reunião seria acalmar os ânimos dos malufistas e negociar um acordo para não inviabilizar o governo Celso Pitta, a partir de janeiro. A reunião aconteceu na casa do secretário de Governo e até o fechamento desta edição ainda não havia terminado. Texto Anterior: Associada critica plano de saúde Próximo Texto: Crise pode rachar PPB Índice |
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