São Paulo, sábado, 14 de dezembro de 1996
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Banco Central tira R$ 1 bi da economia

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Central fez ontem um leilão de LTNs (Letras do Tesouro Nacional) equivalente a R$ 3,9 bilhões, com liquidação na segunda. Nesse dia vencem outros R$ 2,8 bilhões em títulos. O resultado é R$ 1 bilhão a menos na economia.
No leilão realizado ontem pelo Banco Central, a taxa over das Letras do Tesouro Nacional ficou em 2,508%, com vencimento para meados de junho.
O BC não atuou no mercado de dólar e as cotações do comercial acabaram fechando no mesmo patamar do dia anterior, a R$ 1,0380 (compra) e R$ 1,0390 (venda).
A Bovespa operou ontem próxima do nível de fechamento de quinta-feira, quando o Ibovespa fechou a 66.574 pontos.
No fechamento, a Bolsa estava com alta de 0,34% e movimento financeiro de 581,3 milhões.
A Bolsa de Valores de Nova York operou durante o dia de ontem com forte oscilação, depois do Dow Jones fechar com queda na quinta de 1,54%.
A instabilidade que tem marcado os negócios em Nova York ainda é associada às declarações do presidente do banco central norte-americano, Alan Greenspan, para quem Wall Street vive uma "exuberância irracional".
No final do dia, o índice Dow Jones ficou praticamente estável, com alta de 0,09%.
Emissões
Os bancos de investimento e corretoras esperavam que 1996 fosse o ano da virada para as empresas brasileiras privadas que procuram captar recursos no exterior via emissão primária de ações.
A realidade foi bastante diversa. O ano fecha com um total de emissões próximo a US$ 500 milhões.
Para João Carlos Pinho, diretor-geral da corretora Nomura no Brasil, esse mercado ficou "paralisado" depois da crise do México.
Ele acredita que a situação deve melhorar em 1997, principalmente por causa da privatização.
No caso da venda da Vale, por exemplo, a parte que será vendida a investidores no exterior deve movimentar US$ 2 bilhões.
Mas para que esse mercado se consolide não há mágica. "As empresas têm que apresentar resultados, porque os investidores não estão interessados apenas no preço das ações, eles também querem saber dos dividendos", avalia.

Com agências internacionais

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