São Paulo, sábado, 14 de dezembro de 1996 |
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Clinton anuncia nova equipe econômica
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A cerimônia foi marcada pelo desmaio de William Daley, indicado para chefiar o Departamento do Comércio. Logo após ter feito um discurso em que gaguejou e tropeçou em diversas palavras, Daley, 48, caminhou cambaleante pelo palco, esbarrou na tribuna e caiu sobre o jornalista Wolf Blitzer, da rede de TV CNN. Amparado por agentes do Serviço Secreto e pelo próprio presidente Clinton, Daley, com a cabeça entre as mãos, deixou a sala. Voltou dez minutos depois e foi aplaudido. Daley participou das negociações do Nafta (acordo norte-americano de livre comércio) em 1994. O porta-voz de Clinton, Mike McCurry, disse que Daley se sentiu mal por causa do calor na sala, provocado por refletores. O anúncio foi programado para um prédio ao lado da Casa Branca para não prejudicar a decoração de Natal do Salão Leste da sede do governo dos EUA, onde em geral esse tipo de cerimônia é realizado. A nova equipe econômica terá menos modificações do que a de segurança nacional, anunciada há uma semana. O secretário do Tesouro, Robert Rubin, e a responsável interina pelo comércio exterior, Charlene Barshefsky, foram reconfirmados nos cargos. O novo presidente do Conselho Econômico Nacional, no lugar de Laura Tyson, será Gene Sperling, assessor econômico do presidente. O atual vice-presidente do conselho, Dan Tarullo, será assessor de Clinton para assuntos de economia internacional, uma posição nova. O subsecretário do Tesouro, Larry Summers, será mantido. O nome do substituto de Joseph Stiglitz como presidente do Conselho de Assessores Econômicos ainda não foi divulgado. O deputado Bill Richardson, 50, filho de uma mexicana e criado na Cidade do México, será o embaixador dos EUA junto à ONU. Desde 1994, ele tem realizado missões para ajudar a libertar cidadãos americanos na Coréia do Norte, Iraque e Bangladesh. Clinton confirmou que as secretárias da Justiça, Janet Reno, e da Saúde, Donna Shalala, e a responsável pelo programa nacional do meio ambiente, Carol Browner, ficarão em seus cargos atuais. Clinton preferia que Reno se demitisse, mas a manteve no ministério para evitar acusações de estar punindo a pessoa responsável pela nomeação de quatro promotores independentes que investigam acusações éticas contra o governo. Clinton disse, em entrevista, esperar que sua mulher, Hillary, receba novas missões no exterior e continue a se preocupar com problemas relativos às crianças, mas sem função formal. Texto Anterior: Sequestrados estão bem, diz construtora; Ilegais ocupam sede da Unesco em Paris Próximo Texto: Milosevic convida OSCE para avaliar eleição; Bélgica procura outras vítimas de pedofilia; Ilegais ocupam sede da Unesco em Paris; Sábato sofre agressão ao receber um prêmio Índice |
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