São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996
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Projeto pretende resgatar o Guarujá

OSCAR RÖCKER NETTO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Guarujá quer voltar a ser o que era. A "pérola do Atlântico", epíteto pelo qual ficou conhecido, já não condiz com a situação da cidade, que agora inicia um projeto para voltar a ser a preferida da classe média paulistana.
Sujeira, crescimento galopante da frequência de turistas, falta de segurança, aumento do número de favelas e uma concorrência feroz das praias do litoral norte tiraram um pouco do glamour com que o balneário -localizado a cerca de 90 km sudeste de São Paulo- marcou seu nome no Brasil.
O projeto de recuperação atende pelo poético nome de "Eu Sei que Vou te Amar Guarujá". Trata-se de uma iniciativa da sociedade civil, amparada pelo poder público.
As empresas do mercado imobiliário aguardam as melhorias com otimismo. "Deve haver um novo 'boom' imobiliário aqui", diz Ademar Pozzani, construtor na cidade e coordenador do projeto.
A recuperação urbana do Guarujá produz um resultado direto: mais vendas. Empresários da construção civil no município guardam suas cartas na manga. Esperam resultados, mas já estudam futuros empreendimentos.
'Mais vida'
Os lançamentos não se restringem apenas ao imóvel para o veranista. "Precisamos colocar mais 'vida' na cidade, que hoje é basicamente de veraneio", diz Ademar Pozzani, do Conselho Municipal de Infra-estrutura Urbana.
Obras nesse sentido já começaram a ser feitas. O Hotel Guarujá Resort, da construtora Samir Dichy, por exemplo, é um flat e pretende atrair usuários o ano todo com seu centro de convenções.
Para José Luís de Almeida Fernandes, dono da Degrau, uma das principais construtoras da região, o Guarujá possui vasta área ociosa para onde crescer pelo menos nos próximos dez anos.
"Há muita área bruta, que certamente vai ser explorada", diz ele, que já programou quatro lançamentos para o ano que vem.

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