São Paulo, quarta-feira, 18 de dezembro de 1996
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Leia a cronologia do caso da lista do BB

28 de novembro: o advogado do PPB Ronald Bicca recebe duas páginas com informações bancárias de nove deputados, cinco deles em débito com o Banco do Brasil. A lista é repassada ao ex-deputado Vasco Furlan, que se encarrega de entregá-la à noite ao prefeito de São Paulo, Paulo Maluf.

3 de dezembro: a lista chega às mãos do presidente nacional do PPB, senador Esperidião Amin (SC).

4 de dezembro: convenção do PPB recomenda apoio à reeleição só para os futuros governantes. Maluf chora e acusa o governo de tentar comprar votos.

8 de dezembro: a existência da lista chega aos jornais. O governo nega.

9 de dezembro: Waldemar Júnior, coordenador-chefe da assessoria parlamentar do Banco do Brasil, vai ao Palácio do Planalto preocupado com o vazamento. Em conversa com assessores do palácio, diz que o banco mantém um cadastro com informações bancárias de políticos.

10 de dezembro: o presidente do Banco do Brasil, Paulo César Ximenes, instala uma auditoria para apurar responsabilidades. Uma cópia da lista é divulgada no Congresso e aponta para dois suspeitos: Waldemar Júnior e o secretário-executivo de Ximenes, Manoel Pinto.

11 de dezembro: o ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) diz, em nome do presidente Fernando Henrique Cardoso, que os responsáveis serão punidos. Ele declara ter "a consciência tranquila".

12 de dezembro: o ex-deputado Vasco Furlan -apontado como testemunha-chave- diz que a lista saiu do banco e foi deixada na biblioteca da Câmara.

13 de dezembro: Paulo César Ximenes diz que a auditoria do Banco do Brasil estará concluída antes do Natal. O secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas Pereira, nega envolvimento no caso da lista.

15 de dezembro: FHC diz ser "impossível" que seus ministros estejam envolvidos na quebra do sigilo bancário dos pepebistas.

16 de dezembro: o BB anuncia, em nota oficial, o afastamento de Manoel Pinto e Waldemar Júnior. Eles foram convidados a sair até que as investigações estejam concluídas. O ministro Sérgio Motta (Comunicações) chama Maluf de "chefe dos covardes eleitorais" e diz achar estranho que a lista do PPB apareça na hora em que vai ser votada a emenda da reeleição de FHC.

17 de dezembro: o governo resolve acionar a Polícia Federal para investigar a autenticidade da lista. Para assessores de FHC, a relação pode ter sido uma montagem feita a partir de dados retirados dos computadores do BB. A idéia é culpar o próprio PPB pela "montagem" da lista.

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