São Paulo, quarta-feira, 18 de dezembro de 1996
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Encontro acaba em otimismo

FERNANDO ROSSETTI
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Depois de um primeiro dia tenso no Seminário Nacional sobre Ensino Superior do MEC, em que reitores duvidavam da disposição de negociação do ministro da Educação, Paulo Renato Souza, o evento terminou ontem com clima de otimismo e uma agenda de debates.
"Tivemos dificuldade de diálogo com o MEC nos últimos dois anos, mas, nesse momento, realmente começou um debate", afirmou ontem à tarde o reitor da Universidade Federal da Bahia, Luiz Felippe Serpa -um dos mais ferrenhos críticos do MEC.
"A gente conseguiu um diálogo", concordou o presidente do Crub (Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras) e reitor da Unicamp, José Martins Filho.
Ontem de manhã, os reitores propuseram ao MEC alterar a forma como seria encerrado o seminário: no lugar de haver discussões separadas em grupos de universidades -federais, estaduais, particulares e outras- haveria uma plenária geral. O MEC aceitou.
Foi estabelecido que os reitores analisarão em janeiro todos as propostas apresentadas durante o seminário e farão documentos para cada área, que, em torno de fevereiro, serão debatidos em novo Seminário Nacional.
Os pontos centrais da discussão entre MEC e reitores são autonomia -como ela se daria-, financiamento -de onde viria o dinheiro, e quanto-, avaliação e expansão do setor universitário.
Apesar de não ter representada a oposição mais ferrenha às políticas do MEC -como as entidades de docentes e estudantes-, o seminário acabou reunindo posições bastante diversas.
O presidente do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Simon Schwartzman, defendeu, por exemplo, que alunos das universidades públicas devem pagar mensalidades -do que muitos reitores discordam.
Schwartzman admitiu que isso significaria um ingresso reduzido de novos recursos para a área.
(FR)

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