São Paulo, quarta-feira, 18 de dezembro de 1996
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Retrospectiva 96 (3)

THALES DE MENEZES
E CONTINUA A LISTA DOS FATOS MARCANTES DO ANO TENÍSTICO.

Brasil, a volta. Depois do chilique de Thomas Muster, que deixou o sol dos trópicos fundir seu cérebro, o Brasil voltou à divisão de elite da Copa Davis. Destaque para a explosão de Gustavo Kuerten, que mostrou ser capaz de crescer muito com o apoio da torcida.
Meligeni, a surpresa. O tenista brasileiro conseguiu ficar entre os quatro melhores na Olimpíada de Atlanta. Apesar de ausência de muitas estrelas no torneio, o feito de Meligeni é inquestionável. A medalha de bronze escapou por detalhes.
Brasileiras, abandonadas. A situação no masculino não é muito melhor, mas as condições atuais do tênis feminino no Brasil são de chorar. Falta patrocínio porque falta uma grande estrela, falta uma grande estrela porque falta patrocínio.
Latinos, acanhados. No ano em que a América do Sul voltou a ter um tenista entre os dez melhores do mundo, o balanço final da temporada é pífio. Até o fenômeno chileno Marcelo Ríos caiu de produção nos últimos meses. Como disse o veterano Guillermo Vilas, "falta vontade a essa meninada".
Dinheiro, cada vez mais. O mercado de tênis movimentou quase US$ 1 bilhão em 96, incluindo prêmios, transmissões de TV, contratos de publicidade e fabricação de equipamentos.
Doping, a encenação. As promessas vazias da Federação Internacional de Tênis atravessam mais uma temporada. E o exame antidoping obrigatório continua longe do tênis.
Mudanças, adiadas. Outra balela da FIT. Linhas e linhas impressas na mídia de todo o mundo não sensibilizaram a entidade, que adia qualquer mudança nas regras para tornar o tênis mais atraente.
Crianças, barradas. Torneios nos EUA usam adultos como pegadores de bola. Ridículo.
Na próxima semana, o balanço final da temporada no planeta da raquete.

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