São Paulo, quinta-feira, 19 de dezembro de 1996
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Lançado programa de alfabetização

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Plano atinge 38 cidades do Norte e Nordeste
O programa, chamado Alfabetização Solidária, foi formalmente lançado ontem pelo ministro Paulo Renato Souza (Educação) e pela primeira-dama Ruth Cardoso, que preside o Comunidade Solidária.
Com recursos da União e de 11 empresas, o projeto vai treinar em janeiro alunos de 8ª série do 1º grau ou do 2º grau. Esses alfabetizadores receberão R$ 112 mensais para dar curso nos cinco meses seguintes. Cada aluno custará R$ 34 por mês.
Ao final do primeiro semestre de 1997, as universidades vão fazer uma avaliação sobre os resultados obtidos. A expectativa de Paulo Renato e Ruth Cardoso é obter apoio de novas empresas.
Também haverá avaliações durante o curso (sobre eficiência) e seis meses e um ano após a sua conclusão, para verificar se houve retorno à escola ou inserção no mercado de trabalho.
As 38 cidades escolhidas para integrar o projeto têm mais de 55% de analfabetos entre os jovens de 15 a 17 anos. A recordista é Pauini (AM), com índice de 81,23%.
O índice nacional de analfabetismo nessa faixa etária é de 12,4%. No Nordeste, é de 26,1% entre crianças e adolescentes. Na região Sul, o percentual é de 3,7% (entre 15 e 17 anos), próximo dos registrados na Argentina e Uruguai.
"A situação é tão escandalosa que não há quem não se mobilize", disse Ruth Cardoso. Terminada essa etapa, o governo afirma já dispor do apoio de empresas para a inclusão de mais 42 cidades. O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, participou do lançamento do programa.

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