São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 1996
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Ano novo, juro alto; Sem solução; No chão; Novo fôlego; Bancando; Pressão menor; Velhas restrições; Preparando terreno; Novas medidas; Na boca; Liderança venezuelana; Crise mexicana; Exemplo chileno; Com a barriga; Últimos detalhes; Sondagem empresarial; CD derivado

Ano novo, juro alto
Se as projeções do mercado financeiro estiverem corretas, 97 vai ser como 94, 95 e 96: ano de juro real (descontada a inflação) na casa de dois dígitos.

Sem solução
Alguns analistas acreditam que não há ajuste fiscal possível para compensar o impacto de um juro real de 16% ao ano sobre uma dívida interna que cresceu 30% de agosto de 95 a agosto de 96.

No chão
A inflação medida pelo IGP-DI (índice da FGV que é usado no cálculo do custo da dívida) entre agosto e novembro somou 0,67%. Taxa anualizada de 2,5%. Ou seja, a inflação de 97 só depende do governo (leia tarifas públicas).

Novo fôlego
Cândido Bracher, do BBA Creditanstalt, acredita que o câmbio no próximo ano vai andar ligeiramente acima da variação dos preços no atacado -entre 6,5% e 7%.

Bancando
Para Bracher, os bancos vão ganhar dinheiro em 97 fazendo "o que é mais gratificante". Isto é, emprestando. A captação de recursos no exterior, diz, cresce se a reeleição passar pelo Congresso.

Pressão menor
A indústria passa o Natal estocada. Logo, no primeiro trimestre, a pressão sobre as importações pode ficar abaixo do que se previa anteriormente. É o que diz a MCM.

Velhas restrições
Para Joaquim Elói Cirne de Toledo, da Nossa Caixa-Nosso Banco, os problemas de 97 são os mesmos de 96: as contas externas restringem a taxa de crescimento.

Preparando terreno
Técnico da Fipe acredita que o reajuste dos combustíveis pode ser visto como uma medida preparatória para, se for necessário, uma mexida no câmbio em 97.

Novas medidas
Delegação da CNI ficou animados depois de reunião com Alexandre Tombini, da Câmara de Comércio Exterior. Em janeiro, o governo conclui análise sobre as sugestões da indústria para desonerar as exportações.

Na boca
Alexandre Tombini adiantou aos empresários da CNI que está em fase adiantada os estudos para a criação de uma companhia de seguro de exportações.

Liderança venezuelana
Segundo levantamento da Austin Asis, o Brasil (4%) não lidera o ranking de inadimplência na América Latina. O troféu fica com a Venezuela (11%), seguida da Argentina (9,8%) e México (6,8%). A menor taxa (1,4%) é a chilena.

Crise mexicana
O mesmo levantamento, mostra os bancos mexicanos como os menos rentáveis -variação negativa de 9,2% nos primeiros nove meses de 96 contra o mesmo período de 95. A rentabilidade dos brasileiros é de 6,2% e a dos chilenos, os melhores, de 12%.

Exemplo chileno
Os números mostram, segundo Erivelto Rodrigues, da Austin Asis, por que o Chile se tornou um exemplo a ser seguido pelo setor bancário do subcontinente.

Com a barriga
O ministro Pedro Malan é visto pelos empresários como um típico tucano: íntegro e indeciso. Na quarta, por exemplo, completou um ano de vida o pedido da Fiesp para que sejam revistos os prazos de pagamento de impostos. Resposta do governo: nenhuma.

Últimos detalhes
Malan e o diretor do BC, Cláudio Mauch, estiveram no Palácio do Planalto. Em debate: os acertos finais para o Bamerindus.

Sondagem empresarial
A Baker & McKensie, uma das maiores firmas de advocacia empresarial do mundo, acredita que mais empresas brasileiras podem ter suas ações cotadas nos EUA. Missão do escritório de Nova York esteve no Brasil semana passada. E a CPMF vem aí.

CD derivado
A BM&F e a PUC firmaram convênio para a criação de curso de 60 horas sobre o mercado de derivativos. O curso vai virar um CD rom, com versão em português (4.000) e em espanhol (2.000), para o Mercosul.

E-mail:±painelsa@uol.com.br

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