São Paulo, segunda-feira, 23 de dezembro de 1996 |
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Venda favorece artista nacional
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Segundo a ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco), os artistas nacionais são responsáveis por 72% da vendagem, cabendo aos artistas estrangeiros os 28% restantes. O presidente da ABPD, Manolo Camero, afirma que a diferença entre os dois grupos vem aumentando nos últimos três anos e que, em 1996, o espaço aumentou 4%. Basta conferir o quadro ao lado para saber quem conseguiu abocanhar um disco de diamante (venda superior a um milhão de cópias). Só há artistas nacionais: o sócio de carteirinha, Roberto Carlos, o sertanejo de Zezé di Camargo e Luciano, o pop do Skank, o samba de Martinho da Vila, a trilha de "O Rei do Gado" e o bumbum do "É o Tchan". E nunca tantos artistas entraram no clube. Hoje, já é difícil um artista internacional conseguir um disco de platina (250 mil cópias). E foi em um passado quase remoto, meados da década passada, que houve a febre do Menudo, quando os muchachos porto-riquenhos venderam 3 milhões de cópias com dois discos. Em geral, na opinião de Luis André Calainho, diretor artístico da Sony, os estilos mais beneficiados são o samba e o pop. "O rock perdeu um pouco do espaço. O que vende mais hoje é reggae", afirma o guitarrista Toni Bellotto, dos Titãs. Mudança de prêmio Com o aumento da vendagem, as gravadoras chegaram a cogitar a mudança dos limites de venda para premiação. Hoje, para cada cem mil discos vendidos, o artista ganha um disco de ouro. O disco de platina vale 250 mil cópias. Mas a idéia foi arquivada. "Afinal, esse é um grande gancho de marketing", afirma Manolo. (LAR) Texto Anterior: Gravadoras planejam clube de CD Próximo Texto: Programação natalina é um relógio infernal Índice |
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