São Paulo, segunda-feira, 23 de dezembro de 1996 |
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Baikal concentra energias xamanísticas
CÉSAR SARTORELLI
A água doce do lago, oriunda de 544 rios afluentes, leva 200 anos para se renovar completamente. O lago guarda em seu território várias espécies autóctones, entre elas uma foca de água doce. Permanece de oito a nove meses por ano congelado e, no verão, sua temperatura não passa de 12°C nos lugares mais quentes e rasos. Possui 35 fontes termais em seu entorno e dois parques naturais. Montanhas de difícil acesso o cercam por todos os lados. Os primeiros indícios de ocupação permanente pelas tribos kuryakanys e, depois, pelos buriatos remontam a meados do século 5º. Seu primeiro nome era Lamu (mar), dado pelos evenks, um dos mais antigos povos da Sibéria, que ali permaneceram até este século. Nas crônicas chinesas de meados do século 2º a.C., era citado como Beihai (lago do norte). Depois Beitszaerhu (lago crescente em número de conchas) e, em chinês moderno, Baikal (mar branco). Para os mongóis, era Baigal (lago rico). Os russos transformaram em Baikal (lago sagrado). Os buriatos o reverenciam e respeitam. Dizem que é uma espécie de acumulador de energia. A crença é que sentimentos e pensamentos jogados no lago retornam triplicados. Texto Anterior: Aproveite a luz no curto verão Próximo Texto: Cozinha abusa da gordura Índice |
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