São Paulo, terça-feira, 24 de dezembro de 1996
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Setor petrolífero perdeu R$ 2 mi de Receita mensal, diz Aepet

Distribuidoras e postos teriam lucrado com aumento

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobrás), Fernando Siqueira, 55, disse que no recente aumento dos combustíveis a empresa petrolífera acabou tendo uma perda de receita mensal de R$ 2 milhões.
Para Siqueira, foram as redes de distribuidores (revendedoras do combustível das refinarias) e de postos de serviço que lucraram com os aumentos.
Segundo ele, é errônea a impressão, que ficou junto à opinião pública, de que a Petrobrás lucrou com o aumento. Para Siqueira, o aumento foi "uma jogada" que acabou prejudicando financeiramente a empresa.
Pelos cálculos da Aepet, com o aumento dos preços dos combustíveis em 17 de dezembro, estabelecido pelo governo em 10%, o ganho mensal da receita da Petrobrás com a venda da gasolina subiu R$ 77,5 milhões.
Mas, no caso da venda do diesel, teria havido uma perda de receita mensal de R$ 79,5 milhões. Isto teria ocorrido porque, mesmo com o aumento, o governo diminuiu o percentual do preço de venda ao consumidor que fica com a Petrobrás.
Siqueira afirmou que, antes do aumento do diesel, a Petrobrás ficava com R$ 0,13 de cada litro vendido ao consumidor. Depois passou a receber R$ 0,10.
A diferença que deixou de ficar com a Petrobrás estaria sendo usada agora, segundo Siqueira, para engordar a conta que reúne recursos para subsidiar, por exemplo, a produção dos usineiros de álcool.
Para a Aepet, essa iniciativa visa descapitalizar a Petrobrás, tendo como objetivo futuro a privatização da empresa.

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