São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 1996
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Suspeitos de tortura não serão revelados

DA REPORTAGEM LOCAL

O corregedor-geral da Polícia Civil de São Paulo, delegado Roberto Maurício Genofre, disse ontem que não autorizará a divulgação dos nomes dos policiais que eventualmente forem reconhecidos como torturadores dos primeiros suspeitos do caso Bodega.
A corregedoria adiou o reconhecimento pessoal dos policiais suspeitos, que iniciaria hoje.
O crime na choperia Bodega, em Moema (zona sul de São Paulo), ocorreu no dia 10 de agosto passado. Na ocasião foram mortos José Renato Tahan e Adriana Ciola.
Inicialmente nove pessoas foram presas, acusadas do crime. As prisões foram comandadas pelo delegado João Lopes Filho, então titular do 15º DP (Itaim, zona oeste).
Depois o Ministério Público pediu a libertação dos suspeitos alegando que eles haviam confessado o crime mediante tortura.
O caso foi para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que identificou cinco novos suspeitos e prendeu quatro.
"Não divulgaremos os nomes dos policiais suspeitos porque o reconhecimento pessoal é uma prova problemática. Há casos de reconhecimento errôneo. Seria uma leviandade apontá-los agora", afirmou Genofre.

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