São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 1996
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EUA faturam US$ 242 mi em 96

JORGE CARRARA
ESPECIAL PARA A FOLHA

No apagar das luzes de 96, os vitivinicultores dos Estados Unidos, Austrália e Chile têm motivos de sobra para comemorar seus resultados. As exportações de vinhos destes jovens países registraram um marcado crescimento.
O maior salto foi dado pelos Estados Unidos, que faturaram US$ 242 milhões com os seus goles (27% a mais do que no último período). Austrália vem em segundo (US$ 324 milhões, um aumento de 24%), e o Chile, em terceiro (US$ 174 milhões, 22%).
Mais notável ainda é que os maiores desembarques (US$ 157 milhões) tiveram lugar na Grã-Bretanha, tradicional apreciadora de vinhos europeus.
Para aqueles que nos últimos anos viram alguns vinhos californianos empalidecer, com a sua exuberância, supertintos italianos ou até crus bordeleses, o avanço dos vinhos do Novo Mundo não deve ser uma surpresa.
Eles estão alicerçados por garrafas de excelente conteúdo e com preço mais em conta, um binômio cada vez mais irresistível para o consumidor.
Mais um indicio da performance destes vinhos pode ser encontrado na revista norte-americana "Wine Spectator", que na sua última edição publicou o ranking dos melhores vinhos degustados em 96.
Os exemplares norte-americanos arrebataram o maior número de prêmios: 56. Austrália levou ao pódio 16, e Chile, 2.
Grande parte deles ficou em patamar de igualdade com vinhos franceses de até dez vezes o seu valor. Na lista, apenas 22 vêm do Velho Continente.
O placar é ainda mais expressivo quando a revista seleciona os melhores vinhos em matéria de preço e qualidade: entre os 42 mencionados, apenas 1 deles (Paul Jaboulet Crozes-Hermitage Lês Jalets 94, francês) foi modelado na Europa.
Vários dos vinhos considerados como os melhores de 96 pela "Wine Spectator" podem ser encontrados no Brasil (alguns de outras safras e por isso não indicados, veja abaixo). Merecem ser adicionados a eles os Montes Alpha da vinícola chilena Viña Montes, que estão, sem dúvida, no mesmo nível.
Vale a pena tanto conferir o Cabernet Sauvignon (R$ 15,83) como os novos membros do elenco: o Merlot, um tinto perfumado, redondo, com boa textura (R$ 14,66), e o Chardonnay, de estilo californiano, com sabor carregado na madeira (R$ 14,66).

Onde achar: Paul Jaboulet Crozes-Hermitage Lês Jalets 94 e Montes Alpha, na Mistral (tel. 011/283-0006); Trimbach Riesling Cuvée Frédéric Emile 92 e Ridge Geyserville 94, na Maison du Vin (tel. 011/284-7288); Poggio Antico Brunello di Montalcino Riserva 90, na Cellar (tel. 011/531-2419); Lindemans Chardonnay Padthaway e Cabernet Sauvignon St. Georges, Kumeu River Kumeu Chardonnay e Don Melchor Cabernet Sauvignon, na Expand (tel. 011/816-2024)

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