São Paulo, sábado, 28 de dezembro de 1996 |
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Seleção abala fama de ex-unânimes ALEXANDRE GIMENEZ e ARNALDO RIBEIRO ALEXANDRE GIMENEZ; ARNALDO RIBEIRO
Dida; Bruno Carvalho, Alexandre Lopes, Narciso e André; Amaral, Juninho, Rivaldo e Souza; Bebeto e Sávio. Na reserva, Jamelli, Beto, Arílson, Adriano, Marques e Caio. O que no início do ano era considerado "um time dos sonhos", virou apenas "águas passadas" para o técnico Mario Jorge Lobo Zagallo, da seleção brasileira. Esses jogadores tiveram a possibilidade de consagração com a seleção olímpica, em Atlanta. Alguns ficaram pelo caminho, na preparação para os Jogos. A maioria foi até Atlanta e conseguiu, apenas, a medalha de bronze, perdendo a semifinal para a Nigéria, ganhadora do ouro. O desempenho dos atletas, considerado fraco pelo técnico, praticamente fechou as portas da seleção para eles. Eles podem se considerar fora da Copa América e do Torneio da França, principais competições que serão disputadas pela seleção em 1997 (leia texto abaixo). "As chances na seleção são poucas, mas aparecem. É preciso aproveitá-las", afirmou Zagallo. O técnico disse que outros nomes, agora, tomaram a preferência dos antigos "garotos de ouro". "Como eu posso tirar o Denílson, por exemplo, da seleção?", pergunta o técnico, referindo-se ao desempenho do meia do São Paulo nos últimos amistosos da seleção neste ano. Zagallo disse que a fase de testes terminará em 1997. "Eu abri muito o leque. Agora, a um ano e meio da Copa da França, é hora de fechar", afirmou. Desastre total Além do fracasso na seleção, os "rejeitados" por Zagallo não tiveram também um bom ano nos seus clubes. Com exceção de Rivaldo e Beto, titulares de seus times na Europa (La Coruña e Napoli, respectivamente), as outras "ex-unanimidades" finalizaram a temporada no ostracismo nas suas equipes. Alexandre Lopes, Bruno Carvalho, André, Amaral, Caio e Souza, hoje, são considerados reservas. Sávio, machucado, voltou a ficar à sombra de Romário, que retornou para o Flamengo. Bebeto, por sua vez, foi forçado a sair do time carioca e agora amarga a má fase do fraco time do Sevilla (Espanha). Os demais continuam titulares de suas equipes, mas com destaque reduzido. "Se pudesse dar um conselho, diria a eles para continuarem batalhando. De uma hora para outra, posso precisar chamá-los. Tudo dependerá do desempenho dos outros nas competições que teremos pela frente", afirmou Zagallo. Somando-se as seleções olímpica e principal, Zagallo utilizou neste ano 51 jogadores. Foram quatro goleiros, sete laterais, oito zagueiros, oito volantes, 12 meias e 12atacantes. Próximo Texto: Testes verdadeiros serão em 97 Índice |
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