São Paulo, sábado, 28 de dezembro de 1996
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Neschling promete recuperação salarial

IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Recuperação do nível salarial dos músicos, melhorias no Memorial da América Latina e programas voltados à música latino-americana. São estes os pontos principais da reestruturação que o novo consultor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), John Neschling, quer levar a cabo.
A Osesp tem 102 músicos, com salário médio de R$ 1.500 mensais. Neschling diz que um bom patamar seria atingir os R$ 4 mil que constituem os rendimentos da Orquestra de Bordeaux (França).
Os músicos serão submetidos a um teste de reavaliação em junho. "O teste não é obrigatório. Os músicos que não quiserem fazê-lo não serão demitidos, mas não participarão da nova estrutura da Osesp", diz o maestro. Em julho, serão feitos testes para músicos de fora da orquestra.
Neschling se posicionou contra a estabilidade no emprego dos músicos. "Eles têm que ter uma certa segurança. Mas é errado ter a garantia de que vai tocar na orquestra até o fim da vida."
O Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, fica sendo a sede da Osesp. A empresa nova-iorquina Artec vai fazer um projeto para a readequação acústica da sala.
Em 98, a Osesp deve ter uma sede para música de câmera: o Teatro São Pedro. "A obra de reestruturação do teatro será retomada no início de 97", diz Mendonça.
Neschling terá que dividir seu tempo entre a Osesp e as casas de ópera de Saint Gallen (Suíça), Bordeaux (França) e Palermo (Itália), das quais é regente titular. No Brasil, quem deve cuidar da Osesp na ausência do maestro é Roberto Minczuk.
Outubro deve ser o mês do primeiro concerto na nova Osesp. Na Europa, Neschling grava, em maio, um disco com Plácido Domingo e os vencedores do concurso de canto promovido pelo tenor.

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