São Paulo, sábado, 28 de dezembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ampliado estado de emergência

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente do Peru, Alberto Fujimori, decretou ontem estado de emergência em toda a capital peruana e na cidade vizinha de Callao. A medida foi uma resposta à ação do MRTA na residência do embaixador japonês em Lima.
A medida, que vale desde 18 de dezembro, deverá vigorar por um prazo de 60 dias. Durante esse período, a segurança pública estará a cargo das Forças Armadas.
Por causa do estado de emergência, algumas liberdades constitucionais estão suspensas.
As autoridades podem realizar prisões sem autorização judicial e ficam suspensas a inviolabilidade de domicílios e a liberdade de reunião e de circulação.
"Foram registradas ações subversivas que perturbam a ordem interna e é necessário tomar medidas corretivas para o processo de pacificação", diz o decreto presidencial publicado ontem pela imprensa oficial peruana.
Anteriormente, apenas o centro e os subúrbios industriais de Lima estavam sob estado de emergência.
Apesar da queda no número de ações guerrilheiras, cerca de 30% do território do país permanece sob estado de emergência.
O Peru viveu o ápice da atividade das guerrilhas de esquerda entre meados da década de 80 e o início dos anos 90.
Desde então, o presidente Fujimori vem adotando uma política de repressão, considerada um sucesso até a tomada dos reféns na casa do embaixador japonês.
O Congresso peruano realizava ontem uma sessão secreta sobre a crise de reféns, e se esperava que os parlamentares emitissem um comunicado de apoio à postura do governo.
Fujimori exige a libertação dos reféns e pede que os guerrilheiros entreguem suas armas.

Texto Anterior: Escritório da Cruz Vermelha é invadido
Próximo Texto: Confirmada vitória da oposição
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.