São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996
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Simpatia não faz mais a cabeça

SUZANA CAMARÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem pular sete ondas, nem virar o bumbum em direção à Lua, muito menos vestir uma calcinha amarela. A simpatia que com certeza vai tomar conta dos festejos da virada deste ano é a não-simpatia.
Crentes de que mandingas feitas no réveillon mais poluem do que aliviam o astral do ano que vai nascer, uma pá de moçoilas, de dois anos para cá, não só tem dado as costas às simpatias como propagado que não aplicar nenhuma delas de propósito é a melhor maneira de garantir um astral bom para o ano novo.
"Qualquer coisa que vá além de levantar uma prece ou um brinde com os amigos não presta", ensina Vera Costa, 39. Estilista e supersticiosa confessa, Vera é uma recém-adepta da antimandinga de réveillon.
Sandra M., microempresária e supersticiosa pra chuchu, não tem vergonha de confessar o que a levou a adotar a anti-simpatia como a simpatia ideal para o réveillon.
"Se me dissessem que plantar bananeira e tocar pandeiro dava sorte, era assim que eu virava o meu ano. Nunca deu certo. A não-simpatia é a simpatia mais eficaz que eu conheço. Desde que a adotei, de 93 para 94, tenho passado para frente seus poderes de garantir um ano bom."

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