São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996
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LIGAÇÕES PERIGOSAS ( * )

Três gravações na caixa postal do celular transformaram o dentista Fernando Colleoni em um dos coadjuvantes do mais importante e misterioso crime do ano, o assassinato de Paulo César Farias e o suposto suicídio de Suzana Marcolino.
"O que cê tá fazendo? Se arruma", teria dito uma pessoa para Suzana em uma das gravações. "Me arrumo", respondeu ela poucas horas antes de ser encontrada morta ao lado de PC.
Na antevéspera do crime, Suzana foi ao consultório do dentista em Santo André, na Grande São Paulo, para submeter-se a uma radiografia e os dois marcaram um jantar à noite.
Depois de um rosbife e um bom vinho tinto chileno no restaurante Carlota, Colleoni levou Suzana para conhecer a igreja Nossa Senhora do Brasil. "Trocamos apenas beijinhos de despedida", disse Colleoni para depois ser mais enfático: "Não comi, não comi, não comi."
Com a súbita fama, Colleoni virou galã. "Ele tem um verdadeiro fã-clube aqui", afirmou uma vizinha.

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