São Paulo, segunda-feira, 30 de dezembro de 1996
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Enfeite chinês ilumina Natal

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos best-sellers do Natal da rede de supermercados Pão de Açúcar este ano foi a venda, em apenas dez dias, de um milhão de enfeites de Natal importados da China e que chegaram aos consumidores com preços entre R$ 1,00 e R$ 18,00, inferiores aos produtos similares nacionais.
A empresa pretende repetir esse sucesso em 1997, mas em dose ainda maior: já decidiu encomendar 30% a mais de enfeites para o Natal do ano que vem, informa Valdemar Machado Júnior, diretor executivo do grupo.
Não foi apenas o Pão de Açúcar, porém, que fez um negócio da China com os enfeites chineses.
Nunca tantos edifícios e casas em muitas cidades brasileiras, inclusive pequenas, foram tão enfeitadas com luzes como neste ano. Na grande maioria dos casos, os enfeites eram importados.
A Secretaria da Receita Federal, que contabiliza os dados sobre importação, não informa quanto foi gasto este ano com a compra no exterior desses enfeites, produto que pode ser considerado um símbolo deste primeiro Natal em que os consumidores emergentes tiveram acesso a bens de consumo importados.
Classe média
Para a classe média, os importados perderam um pouco da sua força, diz Adriana da Cunha Leocadio, da Gouvêa de Souza, consultoria especializada em varejo.
"Não se compra mais um produto apenas porque ele é importado, independentemente de preço e qualidade, como acontecia há um ou dois anos. Mas, para o consumidor de baixa renda, o importado ainda tem um grande apelo", explica.

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