São Paulo, segunda-feira, 30 de dezembro de 1996 |
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Kodak e Fuji lançam novas câmeras e filmes
ANA MARIA GUARIGLIA
A Kodak e a Fuji saem na frente, distribuindo os produtos em seus pontos-de-venda de todo o país, lojas da Kodak Express e da Fuji Image Plaza. Mas a disponibilidade ainda é incipiente. João Batista Ciaco, diretor de marketing da Kodak, diz que a maior arrancada do APS será em 97, com investimentos previstos de, no mínimo, US$ 3 milhões. "A meta é a venda de 80 mil câmeras da linha Advantix e 300 mil rolos de filmes, incrementando o mercado, que neste ano consumiu cerca de 65 milhões de rolos". Maria José Ferraz de Barros, do setor de comunicação da Fuji, conta que só para anunciar a linha de câmeras Fotonex e os filmes Nexia nesse final de ano já foram gastos US$ 700 mil em publicidade. As indústrias internacionais consorciadas do APS, Nikon, Minolta, Agfa, Canon, Praktica e Yashica devem fazer seus lançamentos no primeiro trimestre de 97. A exceção é a Premier, que colocou no mercado dois modelos de câmeras, a AP-300 e a AP-600, com custos entre R$ 130 e R$ 150. A Polaroid pretende continuar investindo nos filmes instantâneos, sem previsão para comercializar seus equipamentos APS. Apesar dos planos alviçareiros, as indústrias fotográficas reconhecem a complexidade da implantação do novo produto no país. A Kodak prevê gastos nessa área em torno de US$ 300 mil com a preparação do layout de suas lojas, de folhetos e vídeos explicativos sobre o sistema. Nesses últimos seis meses, as lojas da Fuji prepararam a distribuição dos produtos, apresentando uma linha completa, que inclui até periféricos específicos. O AP-1, similar a um videocassete, que custa R$ 1.800, permite ver as imagens nos aparelhos de TV, e AS-1 (R$ 1.400), que, ligado ao computador, possibilita a manipulação das fotos. "Mas ao mesmo tempo que a implantação gera euforia, abriga algumas incoveniências", diz Edmundo Salgado, 38, gerente comercial da Noritsu do Brasil, que lidera a venda de minilabs no país. Uma delas é o investimento a ser feito nos kits de revelação apropriados ao APS, que saem por US$ 65 mil, e nos minilabs, que custam em média US$ 180 mil. "A previsão do retorno do investimento é de três anos ou mais, bem maior em relação ao sistema dos filmes 35 mm", diz. Há cinco anos, um minilab para filmes 35 mm custava US$ 250 mil, e o retorno de seu investimento aparecia em menos de um ano. Segundo ele, os pequenos lojistas estão inseguros quanto a esse investimento, também desmotivados pelo mercado incipiente. Outra questão é o conceito da revelação em uma hora, com preços de R$ 10 para um filme de 24 poses. Por algum tempo, o consumidor vai ter de esperar no máximo cinco dias para receber seus filmes. Além da Kodak e da Fuji, existem apenas sete minilabs em funcionamento no país. Texto Anterior: Procon faz alerta ao usuário Índice |
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