São Paulo, segunda-feira, 30 de dezembro de 1996
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Panetone argentino conquista consumidor com preço baixo

DA REPORTAGEM LOCAL

Josefa Maria de Araújo, 50, dona-de-casa, e André Pereira Araújo, 57, metalúrgico aposentado, comemoraram o Natal este ano com panetone argentino.
"Comprei sem nem ver que o panetone não era brasileiro", explicava Araújo há duas semanas num supermercado perto da sua casa, no Jardim Sapopemba, bairro da zona leste, a 25 km do centro e com uma população de classe média baixa e baixa.
A razão para a preferência pelo panetone argentino em vez dos brasileiros é a mais óbvia: o preço mais baixo.
"Eu sempre tento comprar o produto mais barato. Às vezes, acabo escolhendo o segundo mais barato quando a marca do mais barato não é boa", disse Araújo.
Guarda-chuva chinês
Não são só alimentos estrangeiros que começam a entrar na casa dos consumidores de baixa renda. Roupas, brinquedos e objetos de uso pessoal comprados especialmente nos países asiáticos chegam às lojas e camelôs com preços até inferiores aos produtos brasileiros.
Na semana antes do Natal, Maria do Rosário Santos, 32, faxineira, comprou um guarda-chuva chinês por R$ 2,50 num camelô no centro velho de São Paulo.
Moradora no bairro de São Mateus, na zona leste, ela disse que já comprou outros produtos importados, como uma camisa -também chinesa- para o marido.

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