São Paulo, segunda-feira, 30 de dezembro de 1996 |
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São Silvestre adota protecionismo
FÁBIO SEIXAS
O "bônus", de R$ 5.000, foi obtido junto às empresas patrocinadoras e valerá para as categorias masculina e feminina. O prêmio fixado para o primeiro lugar na prova de amanhã, que marca a 72ª edição da prova, é de R$ 10 mil. No entanto, se o vencedor da corrida for um atleta brasileiro, receberá R$ 15 mil. Os organizadores tentaram obter um carro da montadora Asia Motors para oferecer ao brasileiro mais bem colocado nas duas categorias, como aconteceu em 94. Como o acordo não saiu, foi acertado um rateio entre os patrocinadores para aumentar a premiação caso um brasileiro vença. Segundo Victor Malzoni Júnior, diretor da corrida, a premiação extra vai ser paga pelo retorno em divulgação que a vitória de um corredor brasileiro poderá trazer. Para o ex-atleta Agberto Guimarães, coordenador técnico da São Silvestre, o "bônus" tem o objetivo de motivar os brasileiros. "Os corredores vão se empenhar mais. Terão cuidado redobrado durante a prova", afirmou. Guimarães diz não temer críticas dos atletas estrangeiros à diferença de tratamento. O mexicano German Silva, um das favoritos à vitória, elogiou a medida. "Isso é muito comum nos Estados Unidos. Se um brasileiro vencer, esse prêmio extra será merecido", afirmou. Estratégia Corredores relacionados entre os favoritos afirmam que tendem a mudar a estratégia para a corrida. "Nos anos anteriores, puxei o ritmo no início e acabei sendo prejudicado", explicou Valdenor dos Santos, segundo colocado em 89. "Este ano mudei minha estratégia. Vou correr de trás para a frente. Acho que pode dar certo." O equatoriano Silvio Guerra, que participa há dez anos da prova, também assume uma "mudança de planos" em 96. "Vou guardar energia", disse. Guerra obteve o quinto lugar em 93 e foi segundo em 94. Próximo Texto: Ronaldo luta por 'virada' Índice |
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