São Paulo, segunda-feira, 30 de dezembro de 1996
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Novos artistas chegam ao chorinho

MÁRIO MOREIRA
DA SUCURSAL DO RIO

O crescimento das rodas de samba vem estimulando o surgimento de músicos e conjuntos musicais de samba e chorinho no Rio.
O maior exemplo é Eduardo Gallotti, 32, que toca cavaquinho, pandeiro e tantã (espécie de tambor) nas principais rodas de samba cariocas.
Integrante da ala de compositores do bloco carnavalesco Simpatia É Quase Amor, de Ipanema -o mais popular da zona sul-, ele participa regularmente das rodas desde o final dos anos 80.
"Assim como o carnaval de rua, as rodas de samba cresceram muito na zona sul nos últimos anos", afirma. "Mas talvez a prefeitura pudesse criar novos espaços."
Para Beth Carvalho, Gallotti é um dos maiores responsáveis pela difusão do samba entre os jovens. "Ele tem uma memória descomunal para guardar músicas, e isso se propagou de forma fantástica."
Um dos conjuntos surgidos no rastro desse movimento é o Claro que É Samba, fundado em março de 95. O núcleo surgiu da união dos músicos Álvaro Oswaldo (percussão), João Gravina (violão de sete cordas) e Fábio Conceição (cavaquinho).
"Começamos tocando no meu condomínio, em Laranjeiras, sem compromisso. Depois, em casas de amigos e, finalmente, em bares", narra Oswaldo.
O conjunto cresceu e conta hoje com mais três músicos (dois percussionistas e um trombonista).
"Por enquanto, a música é só uma das nossas fontes de renda, mas pretendemos nos profissionalizar", diz Oswaldo.
Recentemente, o Claro que É Samba ganhou o reforço da cantora Tânia Machado, 40, que fazia parte de outro conjunto, o Roda de Saia, formado só por mulheres.

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