São Paulo, segunda-feira, 30 de dezembro de 1996
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Miami quer ser a capital do turismo gay

ANDRÉ FISCHER
FREE-LANCE PARA A FOLHA, NA FLÓRIDA

Dispa-se das noções pré-concebidas sobre a Flórida como o centro do turismo da classe média "cucaracha" e abra-se a uma nova perspectiva de turismo gay.
A Prefeitura de Miami Beach está investindo pesado na transformação da cidade em capital mundial do turismo gay.
Para deixar clara essa intenção, o Miami Visitors & Convention Bureau, empresa de turismo local, promove uma grande festa para a comunidade: a White Party Week.
Ela busca espaço no fervido calendário de eventos gays, ao lado do Dia do Orgulho Gay, de Nova York, e do Mardi Gras, de Sydney.
Tudo como parte de uma estratégia de marketing para reerguer essa cidade da Flórida.
O distrito Art Déco, que até o final dos anos 80 era um bairro decadente de South Beach, se transformou rapidamente em uma das vizinhanças mais charmosas do mundo e na meca das "barbies" (musculosos gays masculinos).
Para ter uma idéia da rapidez do processo, a média de idade dos moradores de South Beach (SoBe para os íntimos), onde há 800 prédios construídos nos anos 30 em estilo art déco, caiu de 69 anos, em 1989, para 44 anos, em 1995.
Hoje, Miami Beach concentra os escritórios das principais agências de modelo do mundo, e qualquer barman da menor espelunca parece saído da capa da "Sportswear".
Todos marcam ponto na academia Body Tech (1.253 Washington Avenue). Em torno dela se concentra a maioria das lojas direcionadas ao público gay da cidade.

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