São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Maluf desaloja sem-terra em SP
GEORGE ALONSO
A polícia chegou às 12h. Só não houve conflito porque deputados do PT, PC do B e PSDB ficaram no caminho de 50 guardas que já avançavam contra os acampados, às 13h55. Após negociações tensas, feitas pelos deputados que defendiam o direito ao protesto, os agricultores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) aceitaram, às 15h30, deixar a área. "Se o problema é do Estado, que acampem em área do Estado. Isso aqui é um parque. Vão ter de sair", disse Eduardo Anastasi, assessor da Guarda Metropolitana, exibindo cópia do decreto municipal nº 27.680, que regula o uso do Ibirapuera. Pelo decreto, assinado em 2 de março de 1989 pela ex-prefeita Luiza Erundina (PT), é proibido acampamentos e montagem de barracas no parque. A Polícia Militar, subordinada ao Estado, mandou dois observadores ao local, que se retiraram às 13h30 dizendo que a PM não tinha ordem de agir. Os sem-terra não deixarão a cidade. "Amanhã (hoje), vamos ocupar outra área", ameaçou Edivar Lavratti, do MST. "É um protesto pelas prisões no Pontal." Depois, os sem-terra ocuparam a galeria da Assembléia. Rejeitados pelo presidente da Casa, Ricardo Tripoli (PSDB), o grupo se alojou no sindicato dos trabalhadores dos Correios. Texto Anterior: Juiz não revoga prisão de líderes do MST Próximo Texto: FHC condena ato no RS, diz bancada Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |