São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
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Patrocinador definiu cachês, diz produtora

DA SUCURSAL DO RIO

A primeira produtora do show de réveillon do Rio, Tributo a Tom Jobim, Helena Rocha, disse ontem que a Pepsi-Cola, patrocinadora do evento, havia garantido cachês iguais para os artistas que participaram do show, mas acabou pagando valores diferenciados.
O pagamento de cachê menor para o cantor e compositor Paulinho da Viola gerou uma crise entre os artistas, com o rompimento de relações entre Paulinho e Gilberto Gil.
Helena Rocha não revelou o nome do diretor da Pepsi que decidiu a questão dos cachês. A diretoria da Pepsi informou no final da tarde que não se pronunciaria ontem sobre o assunto e que aguardaria os desdobramentos para fazer algum comunicado.
Anteontem Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque divulgaram cartas de Helena Rocha mostrando que os cachês prometidos a eles foram de R$ 100 mil e de R$ 30 mil para Paulinho.
Helena argumenta que essa era a proposta da Pepsi, mas ela teria sido alterada depois de sua insistência para que os cachês de todos fossem iguais.
No dia 20 de novembro ela deixou a produção, sendo substituída por Gilda Mattoso. Gilda diz que na primeira reunião que teve com a Pepsi já estavam estipulados cachês diferenciados.
Paulinho, depois do réveillon, ao saber que os cachês foram diferentes, disse que foi enganado pela produção do show. Os demais artistas tomaram uma posição de defesa de Gilda Mattoso.
O assessor e cunhado de Paulinho da Viola, João Bosco, disse ontem que "está provado que o Paulinho tinha razão em questionar a produção".
Mattoso diz que nunca soube que os cachês seriam iguais e por isso nada teria a falar a Paulinho.

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