São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
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'Pragas' de janeiro infernizam SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Janeiro termina com um balanço de 23 dias de chuvas e com a maioria da população tendo tido que enfrentar pelo menos uma das "pragas do mês": alagamento, falta de água ou de luz, surto de leptospirose e congestionamentos em um mês de férias.
Neste janeiro choveu mais do que a média. O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) registrou um acumulado de 350 mm de chuva, contra 230 mm históricos para o mês.
Com isso, 801 pessoas estão desabrigadas no Estado. Houve 24 mortos por causa da chuva e 16 por leptospirose, transmitida pela urina do rato que se acumula na lama deixada pela chuva.
A falta de luz foi outra constante do mês. Em média, 240 mil pessoas ficavam no escuro nos dias de chuva, mas, anteontem, 360 mil ficaram sem luz. Na quinta-feira passada, foram 1,5 milhão.
Segundo a Eletropaulo, o problema de falta de energia elétrica vai continuar por falta dos investimentos necessários na rede.
As chuvas também causaram a queda de 404 árvores no mês (140 delas somente anteontem). Segundo a Eletropaulo, 80% dos casos de falta de energia são provocados por queda de árvores.
O trânsito registrou um pico de 141,3 km de congestionamento às 18h do dia 24 (86 km a mais do que em de um dia normal de janeiro). A chuva de ontem à tarde também provocou lentidão (84,2 km às 16h30).
Além dos pontos de alagamentos, a pane nos semáforos (só ontem 68 foram atingidos) também contribuiu para o caos.
Apesar de excesso de água das chuvas, uma tradicional praga de janeiro está sendo mantida neste ano: o desabastecimento de água.
O rodízio de água atinge hoje 4,2 milhões de pessoas. Muitas ficam sem água até 18 dias. Deveriam ter água a cada dois. Apesar de as represas estarem no limite de sua capacidade, a Sabesp afirma que não tem como distribuir toda a água.

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sobre chuvas às págs 2 e 3

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